História da Talassoterapia
“O mar cura as doenças dos Homens.” (Eurípedes)
Hipócrates (460- 370 a.C.), patrono da medicina ocidental, defendia que o equilíbrio do corpo era atingido através da prática de terapias que envolvessem a água do mar, recomendado banhos quentes de água do mar.
Platão dizia que “O mar tudo cura" (427-347 a.C.), tendo sido também tratado com banhos de água quente.
A partir do Século XVIII começaram a surgir vários centros de Talassoterapia pela Europa. Nestes centros de Talassoterapia, os Médicos tratavam os pacientes segundo métodos terapêuticos, observavam e comparavam resultados e métodos. A utilização da água do mar é tão antiga quanto a própria humanidade.
O interesse pela terapia com água do mar surgiu novamente em 1760, quando o médico Inglês Dr. Richard Russel, publicou a obra “O uso da água do mar nas doenças das glândulas”, alertando assim para os benefícios da utilização da água do mar tanto a nível interno como externo.
Mais tarde veio-se a descobrir que existem semelhanças entre a água do mar e o nosso organismo, sendo que o nosso plasma sanguíneo e a água do mar contêm a mesma composição de sais minerais e oligoelementos diferenciando-se apenas nas quantidades.
“A importância do mar como meio terapêutico ultrapassa em muito a sua acção, já de si relevante no nível fisiológico” (Viegas Fernandes, 2008).
O que é Talassoterapia ?
Consiste na utilização da Água do Mar e de Algas, com fins terapêuticos e preventivos para o organismo, que garantem excelentes resultados para a saúde. A Água do Mar e as Algas são utilizadas em diversos tratamentos como o circuito de hidromassagem, hidromassagem com Algas, ginástica terapêutica dentro de água, duche escocês. É aconselhável fazer uma cura de 1 a 2 semanas por ano, ou durante todo o ano, para se conseguir atingir os efeitos desejados para a saúde.
Benefícios:
- Absorção de sais minerais, remineralização e reposição de Oligoelementos: a água do mar/algas entre os 34-38ºC dilata os poros e permite a absorção de sais minerais- sódio, potássio, cálcio e oligoelementos - sais minerais que se encontram em concentrações muito reduzidas no organismo mas têm funções vitais no organismo, ex: ferro, zinco, cobre, manganês, molibdénio, selénio, iodo e o flúor;
- Estimulação da Circulação: a presença de hidromassagem em alguns dos tratamentos proporciona uma estimulação da circulação veno-linfática. A pressão hidrostática perpendicular aos eixo vertical do corpo estimula também a circulação veno-linfática reduzindo a sensação de peso nas pernas;
- Efeito analgésico: devido à temperatura (34º-38ºC) há um relaxamento muscular e um efeito analgésico. A água do mar produz analgesia através da exaustiva estimulação dos receptores barestésicos da pele, que deixam de responder;
- Melhor movimentação: a água do mar tem uma densidade elevada, e quando entramos dentro da piscina há uma impulsão vertical reduzindo até 90% do peso do corpo, o que permite alcançar movimentos com grandes amplitudes pela ausência de peso e esforço muscular;
- Redução do Stress: a água do mar com o movimento liberta iões negativos, que equilibram o nosso organismo carregado de iões positivos devido ao stress físico e mental, que causa depressões, insónias, fadiga e problemas do sistema nervoso/neurológico;
- Melhora a respiração: a água do mar promove melhorias do aparelho respiratório superior, porque fluidifica as secreções das vias aéreas superiores através de aerossóis libertados pelos tratamentos com água do mar. Assim é um coadjuvante no tratamento das sinusites e rinites.
Indicações
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Contraindicações
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- Patologias Músculo-esqueléticas e/ou reumáticas;
- Cansaço / Stress / Distúrbios do sono / Depressão;
- Perturbações respiratórias;
- Fortalecimento muscular;
- Obesidade / Diminui a flacidez/ Hidrolipodistrofias genoides (celulite);
- Osteoporose;
- Pós-parto;
- Doenças da circulação sanguínea e linfática.
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- Insuficiência cardíaca e/ou respiratória;
- Doenças infeciosas, tuberculose;
- Herpes simples do corpo;
- Doenças Dermatológicas;
- Feridas abertas;
- Hipertensão não controlada;
- Doenças neurológicas e psiquiátricas incapacitantes;
- Epilepsia não controlada;
- Doentes com incontinência vesical e rectal;
- Gravidez no primeiro trimestre;
- Doenças da Tiroide não controladas;
- Lesões renais;
- Lesões ginecológicas não tratadas;
- Infeção respiratória, nomeadamente em período agudo de gripes, rinite.
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